Os tradicionais debates pouco contribuíram para a análise dos eleitores porque nenhum deles permitiu a participação direta da população, nós eleitoras e eleitores não conseguimos participar ativa e diretamente do questionamento dos presidenciáveis. O mais próximo que tivemos de um questionamento população-presidenciável foi a conversa da Presidente Dilma com blogueiros no primeiro turno, mas apenas os blogueiros presentes puderam fazer perguntas.
Um webinario com cada presidenciável seria muito mais democrático que esses debates formatados para deixar os eleitores de fora, e controlados para favorecer os candidatos da preferência das emissoras que realizam o debate. Devemos lutar por uma oportunidade mais participativa de questionamento dos candidatos nas próximas eleições.
Além de assistir passivamente aos discursos televisivos, nos resta analisar os Programas de Governo de cada candidata(o) disponíveis no sítio do Tribunal Superior Eleitoral no link: http://divulgacand2014.tse.jus.br/…/UF/BR/candidatos/cargo/1
Infelizmente não encontramos em qualquer deles as questões mais sérias que permeiam o quotidiano de quem trabalha e utiliza os serviços de saúde, como a judicialização da saúde, a falta de medicamentos nos postos de atendimento do SUS, a falta de atendimento dos planos de saúde que sobrecarrega o SUS, a desigualdade salarial dos prestadores de serviços de saúde, a burocracia excessiva para a atualização do rol de tratamentos disponíveis no SUS, o descumprimento do investimento mínimo constitucional pelos Estados, ou a humanização da saúde e sua importância para trabalhadores e usuários do SUS.
Mas podemos tirar desses programas a linha mestra de atuação de cada candidata(o) em relação à saúde para escolher ou repelir a(o) eleita(o) de cada um de nós.
O programa de Aécio Neves é o que mais menciona a saúde privada. Embora defenda maior investimento na saúde, quando foi Governador, Minas Gerais integrou a lista do Ministério da Saúde dos Estados que não investiam o mínimo constitucional em saúde, com a maior discrepância entre gastos declarados e os efetivos, origem de desvio de R$ 3,3 bilhões da saúde, conforme informações repassadas pelo Ministério Público ao portal R7 de notícias. Também menciona o enfrentamento adequado do diabetes, mas, apesar do análogo de insulina lantus (glargina) ser fornecido pelo SUS em Minas Gerais, no mesmo Estado ocorreu grave problema com os glicosímetros CEPA, cujos erros e problemas com o teste de acurácia levaram muitos pacientes ao hospital em função de falsos resultados de hiperglicemia, o que só foi resolvido após manifestação da sociedade e intervenção do Ministério Público.
Já o programa de Dilma Rousseff, embora tenha muitas páginas discorrendo sobre os feitos de seu governo, é o que mais demonstra conhecimento dos dados (públicos) da saúde no Brasil, trazendo propostas mais concretas para a melhoria do SUS. Infelizmente, não destaca o tratamento do diabetes nessas propostas, e o Ministério da Saúde há pouco negou a incorporação dos análogos de insulina ao SUS. De qualquer forma, o mesmo relatório que nega a incorporação, indica um caminho a seguir (análise individual de cada análogo a ser incorporado). É o programa que mais associa a saúde aos demais serviços sociais, sendo o único que menciona a ampliação do acesso da população aos medicamentos.
Por estas razões, e porque conheço muitas pessoas que hoje trabalham no SUS e prestam serviços junto ao Ministério da Saúde - e que lutam primordialmente pela saúde, e não por interesses privados ou partidários, sendo que muitas vezes brigam contra os próprios ocupantes de cargos executivos quando estes não cumprem bem o papel de melhorar a saúde no Brasil - e porque essas pessoas valorizam a luta social por espaço nas políticas públicas de saúde, e porque a Política Nacional de Humanização ganhou força neste governo, eu voto Dilma - para continuar a lutar pela saúde pública, universal e integralizada.
#diabetes #SUS #Dilma13
Além de assistir passivamente aos discursos televisivos, nos resta analisar os Programas de Governo de cada candidata(o) disponíveis no sítio do Tribunal Superior Eleitoral no link: http://divulgacand2014.tse.jus.br/…/UF/BR/candidatos/cargo/1
Infelizmente não encontramos em qualquer deles as questões mais sérias que permeiam o quotidiano de quem trabalha e utiliza os serviços de saúde, como a judicialização da saúde, a falta de medicamentos nos postos de atendimento do SUS, a falta de atendimento dos planos de saúde que sobrecarrega o SUS, a desigualdade salarial dos prestadores de serviços de saúde, a burocracia excessiva para a atualização do rol de tratamentos disponíveis no SUS, o descumprimento do investimento mínimo constitucional pelos Estados, ou a humanização da saúde e sua importância para trabalhadores e usuários do SUS.
Mas podemos tirar desses programas a linha mestra de atuação de cada candidata(o) em relação à saúde para escolher ou repelir a(o) eleita(o) de cada um de nós.
O programa de Aécio Neves é o que mais menciona a saúde privada. Embora defenda maior investimento na saúde, quando foi Governador, Minas Gerais integrou a lista do Ministério da Saúde dos Estados que não investiam o mínimo constitucional em saúde, com a maior discrepância entre gastos declarados e os efetivos, origem de desvio de R$ 3,3 bilhões da saúde, conforme informações repassadas pelo Ministério Público ao portal R7 de notícias. Também menciona o enfrentamento adequado do diabetes, mas, apesar do análogo de insulina lantus (glargina) ser fornecido pelo SUS em Minas Gerais, no mesmo Estado ocorreu grave problema com os glicosímetros CEPA, cujos erros e problemas com o teste de acurácia levaram muitos pacientes ao hospital em função de falsos resultados de hiperglicemia, o que só foi resolvido após manifestação da sociedade e intervenção do Ministério Público.
Já o programa de Dilma Rousseff, embora tenha muitas páginas discorrendo sobre os feitos de seu governo, é o que mais demonstra conhecimento dos dados (públicos) da saúde no Brasil, trazendo propostas mais concretas para a melhoria do SUS. Infelizmente, não destaca o tratamento do diabetes nessas propostas, e o Ministério da Saúde há pouco negou a incorporação dos análogos de insulina ao SUS. De qualquer forma, o mesmo relatório que nega a incorporação, indica um caminho a seguir (análise individual de cada análogo a ser incorporado). É o programa que mais associa a saúde aos demais serviços sociais, sendo o único que menciona a ampliação do acesso da população aos medicamentos.
Por estas razões, e porque conheço muitas pessoas que hoje trabalham no SUS e prestam serviços junto ao Ministério da Saúde - e que lutam primordialmente pela saúde, e não por interesses privados ou partidários, sendo que muitas vezes brigam contra os próprios ocupantes de cargos executivos quando estes não cumprem bem o papel de melhorar a saúde no Brasil - e porque essas pessoas valorizam a luta social por espaço nas políticas públicas de saúde, e porque a Política Nacional de Humanização ganhou força neste governo, eu voto Dilma - para continuar a lutar pela saúde pública, universal e integralizada.
#diabetes #SUS #Dilma13
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